3o Setor | Projetos

Vários projetos e iniciativas
Instituição: AMB Feminista – Articulação de Mulheres Brasileiras
Acesse o Projeto: ambfeminista.org.br/wp-content/uploads/2020/12/Livro_Capa-e-Miolo_AMB25anos_2020.pdf
Formato: Enfrentamentos à violência contras as mulheres: racismo; violações de direitos das mulheres indígena; maior incidência feminista nas políticas pública; reforma do sistema político.
Descrição:

Nos últimos 28 anos, várias ações da AMB foram realizadas pelo fim da violência contras as mulheres; contra o racismo e as violações de direitos das mulheres indígenas; pela maior incidência feminista nas políticas pública; em favor da reforma do sistema político e por um jeito alternativo de fazer política. Com destaque para as seguintes iniciativas:
(1) Marcha das Margaridas (2000, 2003, 2007, 2011, 2015 e 2019): ocorre a cada 4 anos em Brasília (DF). Ação estratégica das mulheres do campo e da floresta para conquistar visibilidade, reconhecimento social e político e cidadania plena. Surgiu com o objetivo denunciar o projeto neoliberal em curso no Brasil, e apresentar uma pauta de reivindicações. Na primeira edição, reuniu cerca de 20 mil agricultoras, quilombolas, pescadoras, indígenas, extrativistas de todo o Brasil. Usando sua marca característica do movimento: camisetas lilás e chapéus de palha decorados com margaridas. A próxima está prevista para 2023. O nome do movimento é uma homenagem à paraibana Margarida Maria Alves, assassinada em 12 de agosto de 1983, em frente à sua casa, no município de Alagoa Grande. Era trabalhadora rural, sindicalista e defensora dos direitos humanos.
(2) “O Desafio Feminista de Monitorar a Cidadania das Mulheres” (2002/2003): seminário com o objetivo de pensar um processo coletivo e criar um método para viabilizar esta ação, contribuindo para a renovação da ação feminista pelo fim da violência contra as mulheres, respeitando a diversidade dos estados.
(3) Vigília pelo Fim da Violência contra as Mulheres (década de 2000): movimento visando pressionar os governos municipais, estaduais e federal para que implementassem, com mais empenho, políticas de enfrentamento à violência contra as mulheres.
(4) “Mulheres Negras – um retrato da discriminação racial no Brasil” (2001): conteúdo publicado para mobilização e subsídio das ativistas que participaram das atividades de preparação para a Conferência Mundial Contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Formas Correlatas de Intolerância (ONU, Durban).
(5) “Plataforma Política feminista” (2002): Documento elaborado pelas feministas brasileiras em defesa da democracia com justiça social e igualdade de gênero e raça, levantando desafios para a reconstrução da sociedade e do estado; até hoje uma referência importante ao projeto político da AMB.
(6) “Feminismo Antirracista e a Luta do Feminismo Negro por políticas públicas” (2006): contribuição aos debates feministas antirracistas que foram promovidos
no mês de julho em função do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, em diferentes partes do Brasil, apresentando as principais pautas de lutas colocadas pelas mulheres negras na agenda nacional, como o direito das trabalhadoras domésticas, a defesa da política de cotas e outras políticas
afirmativas.
(7) “Solte seus cabelos e prenda o racismo” (2011): campanha nacional pelo fim da violência contra as mulheres negras, lançada pela AMB em diversas cidades brasileiras. Tendo como objetivo central o racismo simbólico e psicológico contra as mulheres negras, focada na valorização do cabelo “negro”, “afro”, “crespo”, cuja discriminação tem sido uma das formas mais cruéis do racismo, sofrida pelas mulheres negras desde a infância, a campanha extrapolou a militância da AMB e ganhou amplitude, sendo utilizada também por escolas e organizações do movimento de mulheres negras, que difundiram os vídeos da campanha, que teve continuidade nos anos seguintes.
(8) I Marcha das Mulheres Indígenas – “Território: nosso corpo, nosso espírito” (2019): movimento marcou a conquista das mulheres pertencentes a diversos povos que lutam para dar visibilidade e voz às causas próprias, com destaque para aquelas questões inerentes a todos os povos: território, educação, saúde, altos índices de suicídio, violência contra as mulheres, mulheres indígenas no contexto urbano.