A Origem

A semente do projeto ACADEMIA OLHO DE HÓRUS nasceu em agosto de 2020, em meio à pandemia da COVID-19, quando o grupo de trabalho denominado BYST.END, formado por profissionais de jornalismo, comunicação e tecnologia, fez uma série de reuniões virtuais (o que era possível à época) para discutir desafios da nova sociedade e possíveis iniciativas.

Naquele momento, chamou a atenção a histórica problemática da violência contra mulheres, que se agravou naquele período em que as vítimas estavam ainda mais expostas aos agressores, confinadas com eles por mais tempo sob o mesmo teto e com possiblidades ainda mais restritas de acessar ajuda. Apesar do crescimento de 40% desse tipo de agressão no mundo todo, no Brasil caíram as denúncias pela dificuldade de alcançar os canais (Veja em: https://forumseguranca.org.br/tag/pandemia/ e https://www.acnur.org/portugues/2020/11/25/violencia-contra-a-mulher-aumenta-durante-a-pandemia-de-covid-19/).

O que percebemos é que as violências contra as mulheres são um problema histórico e de maior escala na sociedade. Durante as pesquisas e execução dos trabalhos, à medida que estabelecíamos contato com essas iniciativas bem-sucedidas, além de ficarmos muito impressionados, foi crescendo em nós a certeza de que esse conjunto de informações reunidas sobre valiosos conhecimentos e experiências, desenvolvidos a partir das lutas travadas no decorrer das últimas quatro décadas, deveria ser compilado, compartilhado e difundido o máximo possível.

Assim, mais pessoas e organizações poderiam ter acesso a esses conhecimentos e experiências e usá-los em favor de uma sociedade mais justa e igualitária.

É uma evolução civilizatória necessária.

Acreditamos que o contato com informações pode acelerar a sensibilização das pessoas, o reconhecimento e compreensão do problema e a tomada de ações para superá-lo.

Nossa vivência mostra isso. Com o intenso acesso a conteúdos diversos sobre o tema, nosso grupo de trabalho, composto majoritariamente por homens, mudou radicalmente nossa forma de entender essas questões e a necessidade de participarmos da solução.

Hoje podemos dizer que fazemos parte de uma, ainda minoria, de ´homens conscientes.

— by Bystenders, Editorial