3o Setor | Especialistas

Panmela Castro
Instituição: Nami Rede Feminista de Arte Urbana
Email: taligado@redenami.com / panmela@galerialuisastrina.com.brv
Biografia:

Anarkia Boladona foi o pseudônimo usado entre os anos de 2005 e 2015 pela artista Panmela Castro (Rio de Janeiro, 26/06/1981). Durante esse período, ela foi influenciada pela pichação, nicho underground habitualmente dominado por homens cisgêneros. Tornou-se então uma das primeiras mulheres a ganhar visibilidade na cena urbana. Em 2005, Panmela foi espancada e mantida em cárcere privado pelo então companheiro. A partir desse episódio, e afetada pela experiência da violência doméstica, usou o grafite como forma de denúncia, dando vida ao pseudônimo Anarkia Boladona. Em 2008, criou o “Grafiteiras Pela Lei Maria da Penha”, projeto que relaciona o grafite e a cultura urbana para falar sobre violência contra as mulheres. Através dessa iniciativa realizou, junto com outras grafiteiras, uma campanha para educar mulheres sem acesso à informação sobre a recém-aprovada Lei Maria da Penha. Para promover os direitos das mulheres, Panmela aventurou-se em favelas do Rio. Junto com esse grupo, Panmela fundou a Rede NAMI, ONG de artes e direitos humanos em que, desde 2010, já investiu em mais de 9 mil mulheres. A instituição, que pensa e discute a situação da mulher na sociedade, sobretudo de mulheres negras, realiza projetos sociais e usa a arte como um instrumento de transformação cultural. Panmela é graduada pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 23/12/2021, Panmela convocou, pelas redes sociais, mulheres para dividirem suas histórias (selfies e textos). A própria artista também contribuiu com um autorretrato. A coletânea virou uma exposição de arte no Rio de Janeiro.